6 mentiras sobre o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) que virou música, mas que é desinformação!

6 mentiras sobre o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) que virou música, mas que é desinformação!

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Você já ouviu aquela música recente que fala sobre relacionamentos e emoções intensas? Parece que todo mundo está comentando, certo? Mas o que muita gente não percebe é que algumas letras dessa canção acabam perpetuando mentiras sobre o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) . Essas ideias erradas podem parecer inofensivas no ritmo da melodia, mas na vida real elas reforçam estigmas e dificultam a compreensão do transtorno.

Se você também se sentiu incomodado com essa representação, esse artigo foi feito para você. Vamos desconstruir as principais mentiras espalhadas pela música e mostrar por que elas estão tão equivocadas. Além disso, trarei uma perspectiva otimista: sim, é possível viver bem mesmo com TPB. Vamos juntos?


Mentira 1: Diagnosticar o TPB é algo simples e intuitivo

A música sugere que qualquer pessoa pode identificar o Transtorno de Personalidade Borderline sem precisar de formação profissional. Parece até que basta observar comportamentos superficiais para “saber” o que alguém está vivendo.

Mas aqui está a verdade: diagnosticar o Transtorno de Personalidade Borderline exige muito mais do que isso. Apenas psicólogos e psiquiatras têm a capacidade de avaliar os critérios clínicos necessários para chegar a um diagnóstico preciso. Reduzir o TPB a algo que qualquer pessoa pode “decifrar” desvaloriza a complexidade do transtorno e reforça preconceitos.

Essa visão simplista faz com que muitas pessoas minimizem o sofrimento de quem realmente convive com o transtorno. Além disso, pode levar a autodiagnósticos incorretos, o que prejudica o acesso ao tratamento adequado.


Mentira 2: Pessoas com TPB fingem ser diferentes dependendo da situação

Outra ideia que a música espalha é a de que pessoas com TPB agem como atores, mudando sua personalidade de acordo com quem estão lidando. Essa narrativa sugere manipulação intencional, como se tudo fosse planejado.

Na prática, a instabilidade emocional no Transtorno de Personalidade Borderline não tem nada a ver com fingimento. As oscilações emocionais são reais e profundas, muitas vezes ligadas ao medo de abandono e à dificuldade em regular emoções. Esses sentimentos podem fazer com que a pessoa reaja de maneiras que parecem contraditórias, mas isso não significa que ela esteja “fingindo”.

Pense nisso: já aconteceu de você estar num dia incrível, cheio de energia, e de repente algo pequeno te desestabilizar completamente? Agora imagine isso acontecendo com uma intensidade avassaladora e sem controle. Isso é parte do que pessoas com TPB enfrentam diariamente.


Mentira 3: O TPB é apenas sobre ser “intenso” ou “extremo”

A música retrata o Transtorno de Personalidade Borderline como algo que resume a pessoa a ser sempre “instável”, “intensa” ou “extrema”. Parece que o transtorno é reduzido a essas palavras-chave, como se fosse algo unidimensional.

No entanto, o TPB vai muito além disso . Quem convive com o transtorno lida com sentimentos de vazio, impulsividade e dificuldades em manter relacionamentos saudáveis. Essas características não definem completamente quem a pessoa é. Ela também tem sonhos, talentos e qualidades que vão além do transtorno.

Veja essa situação: imagine que você está tentando resolver um quebra-cabeça, mas algumas peças estão faltando. Você sabe que há algo ali, mas não consegue enxergar a imagem completa. É assim que o TPB pode parecer para quem o experimenta – uma sensação constante de que algo está fora de lugar, mas sem conseguir entender completamente o que é.


Mentira 4: Relacionamentos com pessoas com TPB são impossíveis

A música insinua que relacionamentos com pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline são inviáveis e que elas só precisam de “tratamento” para melhorar, sem espaço para conexões genuínas.

Essa visão é cruel e desumanizante. Na verdade, relacionamentos saudáveis podem ser uma parte importante do processo de cura para pessoas com TPB , desde que haja empatia, limites claros e suporte mútuo. Dizer que elas “não precisam de amor” ignora a importância das conexões humanas na recuperação emocional.

FOI ASSIM COM VOCÊ TAMBÉM? Lembra daquela vez em que você encontrou alguém que realmente te ouviu, sem julgamentos? Talvez tenha sido em uma conversa com um amigo próximo ou em um momento de vulnerabilidade com alguém confiável. Esse tipo de conexão pode ser transformador para qualquer pessoa, incluindo quem vive com TPB.


Mentira 5: Pessoas com TPB alternam entre “anjo” e “demônio”

Uma das ideias mais prejudiciais da música é a de que pessoas com TPB alternam entre serem completamente boas ou más, como se fossem duas faces opostas de uma mesma moeda.

Essa dualidade caricatural não reflete a realidade. A instabilidade emocional no Transtorno de Personalidade Borderline está relacionada a mudanças rápidas no humor e na percepção, mas isso não significa que a pessoa seja boa ou má dependendo do momento. Ela é muito mais do que suas reações emocionais.

Essa visão binária contribui para que as pessoas com TPB sejam rotuladas injustamente, alimentando ainda mais o estigma sobre o transtorno.


Por que combater essas mentiras importa tanto?

Quando falamos sobre o Transtorno de Personalidade Borderline , estamos falando de vidas reais – pessoas que merecem respeito, compreensão e apoio. As mentiras espalhadas pela música podem parecer inofensivas no contexto artístico, mas elas têm impacto direto no modo como a sociedade enxerga quem convive com o transtorno.

Ao desconstruir essas ideias equivocadas, abrimos espaço para uma visão mais empática e informada. Se você quer saber mais sobre como lidar com o TPB, recomendo buscar terapia , que pode ser um caminho poderoso para encontrar equilíbrio e autoconhecimento.

Além disso, quero te convidar a conhecer o perfil @meuolharborderline no Instagram. Lá, compartilho reflexões, histórias e insights que podem ajudar você a se sentir menos sozinho nessa jornada.

E se você deseja ir mais fundo, o E-book “Meu Olhar Borderlineé uma excelente ferramenta para entender melhor o transtorno e encontrar inspiração para seguir em frente.


Escrever esse artigo me trouxe lembranças de momentos em que eu mesma me senti incompreendida. Hoje, vejo o quanto é importante compartilhar informações corretas e empáticas sobre o Transtorno de Personalidade Borderline . Espero que essas palavras tenham tocado você de alguma forma e que você se sinta mais forte para enfrentar os desafios do dia a dia.

Obrigada por dedicar seu tempo para ler até aqui. Sua presença aqui é um lembrete de que, juntos, podemos construir um mundo mais acolhedor para todos.

Fim!

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