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Relacionar-se com alguém que tem Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) pode ser como caminhar sobre um terreno instável — um passo em falso e tudo parece desmoronar. Mas não precisa ser assim. O problema muitas vezes não está no transtorno em si, mas em certos padrões de comportamento que, sem querer, alimentam conflitos e afastam as pessoas.
Se você quer construir um vínculo forte e saudável com alguém que tem TPB, evite esses erros comuns.
1. Ignorar Sinais de Sobrecarga Emocional
Quando uma pessoa com TPB está à beira de uma crise, ela geralmente dá sinais — mudança no tom de voz, respostas curtas, isolamento. Ignorar esses sinais e continuar pressionando (“Por que você está assim?”) só piora a situação.
O que fazer: Dê espaço. Pergunte de forma gentil: “Parece que você não está bem. Quer um tempo sozinho ou prefere companhia?”
2. Invalidar os Sentimentos (“Isso Não é Nada”)
Dizer coisas como “Você está exagerando” ou “Isso não é motivo para tanto” só faz a pessoa se sentir incompreendida. Para quem tem TPB, as emoções são intensas e reais.
Ilustração:
Imagine que você está com sede no deserto e alguém diz: “Não é tão quente assim.” Sua sede não desaparece só porque o outro não sente o mesmo.
Alternativa: Valide. “Sei que isso está te machucando. Eu entendo.”
3. Usar o Silêncio Como Punição
Ficar dias sem falar depois de uma briga é devastador para quem tem medo de abandono. O silêncio é interpretado como rejeição total.
Solução: Se precisar de um tempo, deixe claro: “Preciso respirar um pouco, mas volto em uma hora para conversarmos melhor.”
4. Criar Situações de “Teste”
Fazer provocações para ver se a pessoa “realmente se importa” (ex.: fingir indiferença, cancelar planos de última hora) só gera insegurança.
O que fazer: Seja transparente. Se algo está te incomodando, fale diretamente, sem jogos.
5. Comparar com Outros Relacionamentos
Frases como “Meu ex nunca agiu assim” ou “Outras pessoas lidam melhor com isso” só aumentam a sensação de inadequação.
Evite: Cada relacionamento é único. Foque no que funciona para vocês dois.
6. Achar que Você Precisa “Consertar” a Pessoa
Você não é terapeuta, salvador ou responsável pela cura de ninguém. Tentar resolver tudo sozinho só leva ao esgotamento.
Melhor caminho: Incentive a busca por ajuda profissional, mas lembre-se de cuidar de você também.
7. Desistir nos Momentos Difíceis
Todo relacionamento tem altos e baixos. Com TPB, os baixos podem ser mais intensos, mas isso não significa que o amor não exista.
Dica final: Paciência e consistência são essenciais. Mostre que você está lá, mesmo nos dias complicados.
Construindo Algo que Dure
Relacionamentos com pessoas borderline podem ser profundos, leais e cheios de paixão — desde que baseados em respeito, comunicação e compreensão.
Se você quer se aprofundar no assunto e aprender estratégias práticas para fortalecer sua conexão, conheça o perfil @meuolharborderline e baixe o E-book: Meu Olhar Borderline. Ele traz insights valiosos para quem quer amar e ser amado de forma mais leve.
Obrigada por ler até aqui. Cada esforço para entender o TPB é um passo em direção a relacionamentos mais saudáveis e felizes.
Fim!
